Tudo pode ser explicado pela relação das coisas, inclusive a vontade. O movimento só existe na relação; o que move, mesmo os indivíduos, são as relações. Refletindo de maneira mais específica sobre a vontade e o agir humano, é necessário iniciar a reflexão considerando a tristeza como energia baixa (corresponde a perecer) e a alegria como energia alta (corresponde a vigor), admitindo que essas energias são definidas pelas relações que constituem o todo do organismo (o corpo humano). Sempre existe vontade no ser, pois sempre existe relações. A vontade move, conduz ao agir cabível ao indivíduo, mas é a forma como transcorre as relações do corpo com o mundo que vão definir a vontade e o caminho a ser seguido (de acordo com a capacidade do indivíduo). Exemplificando, quando uma pessoa se relaciona negativamente com uma circunstância é natural que ela queira (vontade) agir mal e/ou fique triste se essa energia (produzida no encontro negativo entre o corpo e o mundo) comprometer a energia da alegria no corpo. E pensando no contrário, é ansiado (vontade) agir bem quando se está alegre ou com a energia alta que supera qualquer tristeza presente no corpo. Em outras palavras, é a vontade que promove o agir, mas a vontade é determinada pela relação que é estabelecida entre o corpo e o mundo (na condição anterior ao agir) que acaba por definir tanto à vontade quanto o agir ao arquitetar a energia determinante do caminho a ser “escolhido” (entre o bem e o mal) que a ação vai materializar (de acordo com a habilidade do indivíduo). Portanto, é compreensível que a energia e o movimento só existam por causa da relação das coisas e que há uma busca natural pelo bem e/ou por alegria nas relações humanas.
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