quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

A Arte como Representação dos Medos

A ideia de que a arte imita a vida é amplamente aceita. Em períodos marcados pela racionalidade, como os tempos apolíneos, busca-se dar um significado profundo às obras, representando o mundo de maneira estruturada e simbólica. Nesse contexto, a política se insere no repertório artístico, transformando a arte em uma ferramenta de reflexão e crítica sobre valores sociais e culturais.

Fernanda Torres, em Ainda Estou Aqui, por exemplo, transcende o papel de uma atriz em um filme. Sua consagração está ligada à representação de valores fundamentais da sociedade, revelados em sua atuação, assim como os símbolos religiosos, como o crucifixo, carregam significados profundos. No cristianismo, a cruz não é apenas um objeto; ela representa perdão, redenção e medos existenciais.

De maneira semelhante, Fernanda Torres passou a ser vista como uma representação dos medos e aspirações sociais contemporâneas. Embora sua atuação não simbolize diretamente os valores democráticos, ela evoca preocupações com o cumprimento dos princípios fundamentais do contrato social. Quando esses princípios são violados, geram angústias e temores em todos os indivíduos envolvidos. Isso lembra os medos cristãos relacionados ao pecado e às suas consequências — onde ninguém deseja carregar o peso pelos erros dos outros ou pelos próprios.

Assim, a arte, seja através de ícones religiosos ou figuras contemporâneas, continua a refletir nossas esperanças, medos e a busca por significado.

https://medium.com/@junior.josefranco/a-arte-como-representação-dos-medos-21ace209b0c7

Nenhum comentário:

Postar um comentário