domingo, 25 de janeiro de 2015

O MITO


O que é o mito?

A leitura apressada do mito nos leva a com­preendê-lo como uma maneira fantasiosa de explicar a realidade, quando esta ainda não foi justificada pela razão. Sob esse enfoque, os mitos seriam lendas, fábulas, crendices e, portanto, um tipo inferior de conhecimento, a ser superado por explicações mais racionais. Tanto é que, na linguagem comum, costuma-se identificar o mito à mentira.

No entanto, o mito é mais complexo e muito mais expressivo e rico do que supomos quando apenas o Tomamos como o relato frio de lendas desligadas do ambiente que as fez surgir. Não só os povos tribais ou as civilizações antigas elaboram mitos. A consciência mítica persiste em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender e sobre tudo sentir a realidade, como veremos adiante.

Segundo alguns intérpretes, o "falar sobre o mundo" simbolizado pelo mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e a angústia diante do desconhecido, do perigo e da morte. Para tanto, os relatos míticos se sustentam na crença, na fé em forças superiores que protegem ou ameaçam, recompensam ou castigam.

Entre as comunidades tribais, os mitos constituem um discurso de tal força que se estende por rodas as esferas da realidade vivida. Desse modo, o sagrado (ou seja, a relação entre a pessoa e o divino) permeia todos os campos da atividade humana. Por isso, os modelos de construção mítica são de natureza sobrenatural, isto é, recorre-se aos deuses para essa compreensão do real.

A consciência mítica

O mito é a forma mais remota de crença, um meio do indivíduo se relacionar com o sobrenatural. De modo geral, o mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e a angústia diante do desconhecido, do perigo e da morte. Para tanto, os relatos míticos se sustentam pela crença em forças superiores (cuja existência não precisa ser comprovada), que protegem ou ameaçam, recompensam ou castigam.

Os mitos gregos eram transmitidos por poetas ambulantes chamados aedos e rapsodos, que os recitavam de cor em praça pública. Nem sempre é possível identificar a autoria desses poemas, por resultarem de produção coletiva e anônima. Homero e Hesíodo foram dois representantes significativos que marcaram a história grega. Atribuem-se a Homero, um desses poetas, dois poemas épicos, as epopeias Ilíada e Odisseia.

Na vida dos gregos, as epopeias desempenharam um papel pedagógico significativo. Narravam episódios da história grega  o período das Idades do Bronze e do Ferro  e transmitiam os valores culturais mediante o relato das realizações dos deuses e dos antepassados. Por expressarem uma concepção de vida, desde cedo as crianças decoravam passagens desses poemas.

A religião grega não era expressa em um livro ou em textos sagrados, como a maioria das religiões que conhecemos. Sua expressão era feita por meio das narrativas míticas, com toda sua abertura e pluralidade.

A força do mito garantiu sua continuidade, e mesmo a filosofia, em vários momentos, utilizou-se dele para produzir seus argumentos racionais, como foi o caso de Platão, por exemplo.

Os mitos gregos falam sobre o nascimento (gonia) do mundo (cosmos) e o nascimento (outra vez gonia) dos deuses (teo) são a mesma coisa — a cosmogonia, o nascimento do cosmos, é uma teogonia, uma história do nascimento dos deuses, e vice-versa.

Quais as principais diferenças entre filosofia e mito?

O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, long
ínquo e fabuloso; a filosofia se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro, as coisas são como são. O mito narrava a origem por meio de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas e sobrenaturais; a filosofia explica a produção natural das coisas por meio de causas naturais e impessoais. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompressível; a filosofia não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional. Além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.
Do nascimento dos deuses ao nascimento dos homens
No mito grego Zeus passa a ser o mais poderoso, o mais astuto e o mais justo, tudo ao mesmo tempo, não há também como negar: é ele o senhor do universo, a garantia para a eternidade da ordem harmoniosa, bela e boa que se torna a regra do mundo.

Dessa narrativa primordial podem-se deduzir, no plano filosófico, três ideias fundamentais que você precisa agora manter no espírito para compreender melhor o que vem a seguir.
A primeira delas é a de que a vida boa, mesmo para os deuses, pode ser definida como a vida em harmonia com a ordem cósmica. Nada supera a existência justa, no sentido de que a justiça — em grego, diké — seja antes de tudo a justeza, quer dizer, o fato de estar de acordo com o mundo organizado, bem-repartido e que tão penosamente saiu do caos.
A justiça cósmica derivada da divisão original, se aplica a todos os seres, divinos ou mortais, mas nada ainda pode se considerar garantido: a desordem continua sempre ameaçando. E pode vir de qualquer lugar, até mesmo de Apolo ou de algum outro deus que se perca por paixão, de forma que o trabalho de Zeus, e dos diferentes heróis que têm a mesma missão, jamais está concluído, e é o motivo pelo qual as narrativas mitológicas são potencialmente infinitas.
A segunda ideia decorre diretamente da primeira. Na verdade, é sua outra face; já que a edificação da ordem cósmica é a mais preciosa conquista dos olímpicos, fica óbvio que o maior "pecado" que se possa cometer, segundo os gregos, e do qual toda a mitologia, no fundo, nunca deixa de falar, é justamente essa famosa hybris, esse descomedimento orgulhoso que leva os seres, tanto mortais quanto imortais, a não saber guardar o seu lugar no meio do universo.
Dizem que no alto do templo de Delfos — o templo de Apolo — estava inscrito um dos lemas mais célebres de toda a cultura grega: "Conhece-te a ti mesmo." Não se trata de psicanálise. O significado é bem diferente. A expressão quer dizer que devemos conhecer nossos próprios limites. Saber quem somos é ter conhecimento de nosso "lugar natural" na ordem cósmica. O lema nos convida a encontrar esse justo lugar no coração do grande Todo e, sobretudo, a nele permanecer, sem nunca pecar por hybris, por arrogância e descomedimento.
O que o Mito de Prometeu apresenta?
O que a mitologia grega aqui põe em cena, com uma clarividência e profundidade impressionantes, é a definição totalmente moderna de uma espécie humana cuja liberdade e criatividade são fundamentalmente antinaturais e anti-cósmicas. O homem prometeico é o homem da técnica, capaz de criar, inventar de maneira incessante, fabricar máquinas e artifícios capazes de um dia se libertarem de todas as leis do cosmos. É isso, muito exatamente, que Prometeu lhe dá, roubando o "gênio das artes", ou seja, a faculdade de utilizar e até inventar todo tipo de técnica. Agricultura, aritmética, linguagem, astronomia. A espécie humana é a única entre as mortais capaz de hybris, a única podendo, ao mesmo tempo, desafiar os deuses e perturbar e até mesmo destruir a natureza.
Destruição da humanidade
Em um momento da mitologia os deuses cogitam a possibilidade de destruir o ser humano. No momento em que anuncia a decisão de destruir a totalidade do gênero humano, a assembleia dos deuses, na verdade, fica dividida. Uns apoiam e até agravam a vontade exterminadora. Mas outros, pelo contrário, lembram que a terra, sem os mortais, pode se tornar bem tediosa e vazia.
Se a ordem cósmica fosse perfeita, caracterizada por um equilíbrio imutável e sem falhas, o tempo simplesmente pararia, isto é, a vida, o movimento, a história, e não haveria, inclusive para os deuses, nada mais a se ver nem fazer, ficando claro que o caos primordial e as forças que ele não para de engendrar de vez em quando não podem nem devem jamais desaparecer totalmente. E a humanidade, com todos os seus vícios e, principalmente, com a sucessão infinita de gerações que isso implica, desde o envio de Pandora e da morte "de verdade" para os homens, é indispensável à vida. Magnífico paradoxo que se pode formular da seguinte maneira: não há vida sem morte, não há história sem sucessão de gerações, não há ordem sem desordem, não há cosmos sem um mínimo de caos.
Mesmo a humanidade sendo um perigo para a ordem cósmica os deuses reconhecem a parte que é dos mortais no mundo. Mas os deuses colocam a humanidade em seu lugar. A vida retoma seu fluxo, e a ordem cósmica escapa, finalmente, dos dois males que a ameaçavam: o caos, de um lado, que podia a qualquer instante ressurgir através daquela humanidade completamente mergulhada na hybris; de outro, o tédio da inércia e da vacuidade, caso as espécies mortais totalmente desaparecessem. Com isso, você pode perceber que somente aí a cosmogonia, a construção do cosmos, está verdadeiramente concluída.
Mitologia e filosofia
A mitologia grega explora uma questão que nos afeta como nunca: a do sentido da vida fora da teologia. Os primeiros filósofos vão retomar por conta própria toda uma parte da herança religiosa como descrita principalmente nas grandes narrativas míticas que analisamos referentes ao nascimento dos deuses e do mundo; de outro lado, porém, essa mesma herança será consideravelmente modificada, ao mesmo tempo traduzida e traída por uma nova forma de pensamento, o pensamento racional, que lhe dá um novo sentido e uma nova condição.
Uma revolução na continuidade do mito, que se opera em pelo menos três planos. Primeiro, em vez de falar, como a mitologia, em termos de filiação — Zeus é filho de Cronos, que é filho de Urano etc. —, a filosofia, racionalista e secularizada, vai se exprimir em termos de explicação, de causalidade. Tal elemento engendra tal outro elemento, tal fenômeno produz tais efeitos etc.
A imagem do filósofo finalmente emerge, diferente daquela do sacerdote. Sua autoridade não vem dos segredos que possui, mas das verdades que ele torna públicas; não dos mistérios ocultos, mas dos argumentos racionais de que é capaz.
O segundo ponto é a maneira pela qual os filósofos vão passar do sagrado ao profano, esforçando-se para "extrair" ou "abstrair" das divindades gregas elementos "materiais" constitutivos do universo, ao passar, como acabo de dizer, de Ponto (onda marinha) à água, de Urano ao ar celeste, de Gaia à terra etc.
E é propriamente essa dualidade — ruptura e continuidade — que vai, desde a origem, marcar, mas de maneira indelével, as relações ambíguas da filosofia com sua única rival séria, a religião. É absurdo reduzir filosofia a uma simples moral. Mas igualmente errado é reduzi-la à estrita dimensão da teoria. Com demasiada frequência, nos liceus e universidades, ensinamos aos alunos a ideia de que a filosofia é reflexão, espírito crítico, argumentação. Sem dúvida é bom que se saiba refletir, criticar e argumentar para pensar direito, e isso, claramente, faz parte da filosofia. Mas da mesma forma concerne à sociologia, à biologia, à economia e até ao jornalismo.
O que a mitologia lega de mais profundo à filosofia antiga, sua herdeira direta nesse ponto, é que a questão essencial é pura e simplesmente a de se saber como chegar a uma vida boa no coração desse cosmos, mesmo já secularizado e desdivinizado à maneira platônica e estoica. A filosofia nasce na Grécia porque o mito ali preparou o terreno, refletindo já de maneira extraordinariamente profunda a condição dos mortais no centro do universo. De forma que a interrogação fundamental dos filósofos já se encontrava inteiramente pré-formada quando ela emerge; trata-se de saber como vencer os medos ligados à finitude para alcançar a sabedoria, isto é, a serenidade, que é a condição única para a salvação, no sentido etimológico do termo, o que nos salva da angústia da morte inerente à nossa condição humana.
É nesse sentido que a análise da passagem da mitologia para a filosofia confirma em todos os pontos a ideia de a filosofia ser de fato uma "doutrina da salvação sem deus". E uma tentativa de se salvar dos medos sem recorrer à fé nem a um ser supremo, mas exercendo a simples razão e tentando se virar por conta própria. E essa a verdadeira diferença entre filosofia e religião, e mesmo que os mitos gregos estejam repletos de deuses, esses têm a grandeza propriamente filosófica de afastar dos seus poderes a questão da salvação dos homens. Cabe a nós, mortais, e somente a nós, ajustá-la o quanto possível, sem dúvida imperfeitamente, mas por nós mesmos e por nosso raciocínio e não com a ajuda da fé ou dos Imortais. E um dos seus charmes mais impressionantes vem do fato de que, a partir dessa problemática singular, ela "inventa", de maneira propriamente genial, uma pluralidade de respostas que nos oferecem, ainda hoje, iguais possibilidades para compreendermos nossas vidas.


O que os mitos gregos antigos nós ensinam?

Assim como as gotas não escolhem a quem molhar, caindo indiferentemente sobre bons e maus, nem todos os infortúnios humanos são merecidos — longe disso. E simplesmente como as coisas se passam e nada podemos fazer, pois em sua essência tais aflições pertencem à nossa condição: a de mortais imersos na vida e na história que comportam incessantemente a possibilidade do mal. E nós devemos aprender a conviver com isso.

A existência humana é às vezes, para não dizer sempre, trágica, no sentido de o infortúnio acontecer sem que possamos lhe dar um sentido. É um erro querer a todo custo esquecer disso. Hoje em dia, assim que o mal injustamente se abate sobre nós, de imediato cedemos à mania moderna que consiste em procurar "os responsáveis". Um rio transborda e afoga pessoas que acampavam? É claro, a culpa é do prefeito, do governador, do ministro, que são no mínimo incompetentes, para não dizer criminoso s. Um avião cai? Vamos rápido abrir um processo para identificar os culpados e levá-los ao pelourinho.

O humanismo se tornou tão onipresente e estamos, nós seres humanos, tão convencidos de sermos os senhores absolutos do mundo, os donos de todos os poderes, que insensivelmente, sem sequer pensar, achamos que temos controle sobre tudo, inclusive as forças naturais, as catástrofes e os acidentes! Não somente o acaso faz parte da vida, não somente a contingência é inerente à história, mas, além disso, estamos ligados a contextos tão variados, tão complexos e ramificados, que pretender tudo controlar do que pode acontecer com os homens é pura e simplesmente grotesco!

Um cristão, acreditando que tudo se faz por vontade de Deus, ou pelo menos sob sua vigilância, tem uma propensão quase inevitável a procurar um sentido na loucura dos homens, uma explicação que de certa forma os torne responsáveis. Sendo Deus todo-poderoso e bom, a miséria do mundo não se explica de outra maneira. Deve-se supor que ela vem da maldade dos homens, da liberdade mal-utilizada, de modo que eles são coletivamente responsáveis pelas catástrofes que os abalam. Beiramos com isso os limites da superstição e, para não cair nessa armadilha, os cristãos precisam lançar mão de astúcias dialéticas — e elas são sabidamente inúmeras. E não vou querer, eu, culpá-los disso.

Os gregos pensam de outra forma. Trata-se para eles de aceitar o absurdo do mundo do jeito que ele é e tentar amá-lo assim. Uma sabedoria no presente, de certa maneira, e que nos encoraja a lidar com isso. Não uma resignação, mas uma incitação a desenvolver nossa capacidade de acolhida, de abertura para o mundo, aproveitando a vida como tal, enquanto vai bem, e que pressupõe uma certa relação com o tempo que perdemos em grande medida.

Sem dúvida, a principal convicção que a mitologia vai legar à filosofia antiga, e sobretudo ao estoicismo, é a de que os dois males que pesam sobre a existência humana, os dois freios que a bloqueiam e impedem o acesso ao pleno desabrochar resultante da vitória sobre o medo, são a nostalgia e a esperança, ou seja, a vinculação ao passado e a preocupação com o futuro. O passado permanentemente nos puxa para trás, graças ao terrível poder que têm sobre nós o que Espinosa inspiradamente chamou "paixões tristes": nostalgia, quando o passado foi feliz, mas culpa, remorso e arrependimento, quando foi doloroso. Tomamos refúgio então em miragens do futuro, como as que Sêneca tão bem descreveu em Cartas a Lucílio. Imaginamos que trocando uma coisa ou outra, casa, carro, sapatos, corte de cabelo, férias, MP3, aparelho de televisão, trabalho ou o que quer que se possa imaginar, as coisas vão melhorar. Verdade, porém, é que os atrativos do passado e as miragens do futuro, na maior parte do tempo, não passam de engôdos. O tempo todo nos desviam do instante presente, nos impedem de viver plenamente. Além disso, são focos permanentes de angústia e de medo, com a primeira surgindo quase sempre do passado e o segundo, do futuro. E não há obstáculo maior para a vida boa do que o temor.

E esta a convicção simples e profunda que se exprime na sabedoria grega e que principalmente o estoicismo vai tornar popular. Para nos salvarmos, para termos acesso à sabedoria que reside na vitória sobre o medo, precisamos aprender a viver sem nostalgia do passado nem receio supérfluo com relação ao futuro, o que significa que devemos parar de habitar permanentemente essas dimensões do tempo que, aliás, não têm existência alguma (o passado não existe mais e ainda não há futuro) e nos limitarmos, tanto quanto possível, ao presente. Como diz Sêneca em Cartas a Lucíolo:

Devem ser eliminadas essas duas coisas: o receio com relação ao futuro e a lembrança de antigos males. Estes últimos não me concernem mais e o futuro não me concerne ainda.


O mito de Édipo que pode ser vir como um exemplo esclarecedor desta proposta filosófica. O destino não lhes pertence e pode sempre transcorrer mal, tomando de volta o que deu. Durante vinte anos, sendo rei de Tebas, feliz com Jocasta e seus filhos, Édipo viveu em plena glória e felicidade. Tudo isso lhe foi retirado. Pior ainda, a base da construção da sua felicidade, isto é, o fato de ele ter matado o pai e casado com a mãe, se tornou o princípio fundamental da absoluta catástrofe. Moral da história: deve-se aproveitar a vida enquanto ela é boa, enquanto se está bem, e sem estragá-la com tormentos inúteis. Sábio é quem vive no presente, não por falta de inteligência ou por ignorar o que pode acontecer, mas, pelo contrário, por muito bem saber que, mais cedo ou mais tarde, tudo vai piorar e deve-se aproveitar desde já tudo que nos é dado. O sábio não se limita a amar apenas o que é amável. Disso todo mundo é capaz. Ele é aquele que, em qualquer circunstância, consegue "esperar um pouco menos, lamentar um pouco menos e amar um pouco mais".

Referências Bibliográficas:
FERRY, Luc. Aprender a viver: Filosofia para os novos tempoRio de Janeiro, Editora Objetiva, 2010.
FERRY, Luc. Aprender a viver II: A sabedoria dos mitos gregos. Rio de Janeiro. Editora Objetiva, 2009.
GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo. Editora Scipione. 2013.
DE ARRUDA ARANHA, Maria Lúcia; MARTINS, Maria Helena Pires.Filosofando: introdução à filosofia. Moderna, 2009.

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