As
abordagens educacionais não críticas incentivam o aluno a decorar as “verdades”
que os professores transmitem, tirando todo o prazer que o aluno poderia ter em
construir seu conhecimento, desumanizando o ensino e aprendizagem, pois ser
criativo e criar é uma necessidade humana. Consequentemente, a avaliação passa
a presar mais a memorização do que o conhecimento desenvolvido pelo aluno a
partir do conteúdo ao qual ele foi exposto.
Outro
ponto, da educação não crítica, é a dos conteúdos em si e da maneira de como
são apresentados. Muitas vezes não se olha para o aluno em si e seu meio social,
devido a isso, o conteúdo acaba não dialogando com a realidade social do aluno,
sendo que tal diálogo é fundamental para a reflexão e, consequentemente,
formação do indivíduo político consciente e capaz de intervir socialmente para
a construção de uma sociedade mais justa.
Por
outro lado, as abordagens educacionais críticas reconhecem a realidade social
do aluno como a área circunstancial a qual irá determinar o procedimento da
construção do processo de ensino e aprendizagem. Isso resulta no reconhecimento
do professor como sendo mediador de um processo de ensino aprendizagem em
conjunto com o seu aluno. A participação do aluno se torna importante. O
professor não é mais a peça fundamental, mas sim a relação de ensino e
aprendizagem que será estabelecida em conjunto e de acordo com o aluno na
relação de educando e educador. Logo, para tal abordagem, o aluno passa a ser
reconhecido como um ser único, inserido em um ambiente social único e ambos
estão em constante devir ao qual deve ser levado em conda na mediação do
professor ao definir seu projeto político didático.
Portanto,
a abordagem educacional não crítica enxerga o aluno como receptor de
conhecimento e a abordagem educacional crítica enxerga o aluno como
participante do seu próprio aprendizado, por isso é uma abordagem
ideologicamente humanista.