Cap 1.8 - Ensinar Exige Reflexão Crítica Sobre a Prática - Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire:
Na revista Senai Hoje o psiquiatra Claudio Naranjo nos traz uma interessante análise de estudantes de pedagogia:
http://senaihoje.blogspot.com/2015/06/claudio-naranjo-educacao-atual-so.html
http://senaihoje.blogspot.com/2015/06/claudio-naranjo-educacao-atual-so.html
Caso o profissional queira realizar a
proposta de uma didática mais humanista, a reflexão crítica é o ponto de
partida para a prática. O docente deve refletir constantemente sobre a prática
para achar as melhores estratégias, formando uma didática afetiva que reconhece
o aluno como ser pensante e criativo e produzir uma comunhão que supera a
ingenuidade que ambos podem ter, como a ponta na entrevista e no vídeo. E a partir
dessa didática afetiva, o docente pode estimular o autoconhecimento dos alunos
e formar seres autônomos e saudáveis. Pois quando o aluno é acolhido e tratado
de maneira mais afetuosa, o aluno passa a se sentir mais motivado a aprender e
a permitir que o professor demonstre o quanto é relevante o conteúdo
administrado.
No livro Pedagogia da autonomia, é recomendado
que o ensino-aprendizagem tenha movimento dinâmico e dialético entre o fazer e
o pensar sobre o próprio fazer. Uma vez que o sistema dessensibiliza o aluno,
como a entrevista alerta, o docente deve se superar tendo senso crítico sobre
sua prática para conseguir sensibilizar o aluno e formar seres críticos. Logo,
é reconhecido que a experiência docente é fundamental, mas não é suficiente
para superar a ingenuidade existente, no comportamento arrogante, que impede a
reflexão sobre si mesmo. Pois nem sempre o conhecimento teórico e/ou as
experiências passadas aproximam o docente dos alunos e de si mesmo para uma
avaliação de fato.
Segundo uma das ideias expostas na
entrevista, talvez seja a falta de amor pela profissão o maior problema da falta
de criticidade docente. O docente que não ama o que faz não procura melhorar e tem
dificuldade em tratar com amor o aluno em uma prática que se desgosta e que é estritamente
exigida na relação com o aluno.
Portanto, a ideia que se tira da
entrevista e do vídeo é que uma didática afetiva somente é possível em uma
prática docente crítica sobre a própria prática e que o docente de deve amar (a
profissão) para oferecer (ao aluno) amor, caso se queira estar preparado para
formar alunos críticos, autônomos
e saudáveis.
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